Liberty Media anunciou a compra imediata de 18,7% das ações da CVC Capital Partners Foto: AFP
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Pelo acordo, a CVC Capital Partners seguirá como acionista da F1, porém sem o controle total e sem poder decisório sobre a categoria. Quando todas as negociações forem finalizadas, o grupo norte-americano será renomeado para Formula One Group.
Até lá Bernie Ecclestone, o chefão da categoria, será mantido no poder. O britânico de 85 anos, que reinou na F1 pelos últimos 40 anos, continuará sendo o CEO pelos próximos três anos. Mas agora responderá a um novo chefe. Chase Carey será o novo presidente do grupo, substituindo Peter Brabeck-Letmathe, que permanecerá no conselho administrativo.
"Estou empolgado para assumir essa função na F1 e ter a oportunidade de trabalhar ao lado de Bernie Ecclestone, da CVC, e do time da Liberty Media. Eu admiro muito a F1 como uma franquia global de entretenimento esportivo, que atrai centenas de milhões de fãs a cada temporada, de todas as partes do mundo", disse Carey.
O novo presidente é aguardado com ansiedade pelo conselho da F1 em razão da grande experiência com mídia. Atual vice-presidente da 21st Century Fox e diretor da Sky News, ele deve dar uma nova visão de entretenimento para a categoria de automobilismo, que vem sofrendo com quedas de audiência e público nos últimos anos. "Eu vejo grande oportunidade de ajudar a F1 a desenvolver e prosperar em benefício do esporte, dos fãs, das equipes e dos investidores."
Perto de se despedir da F1, algo que sempre pareceu improvável dentro da categoria, Ecclestone não se mostrou abalado com a grande mudança. "Gostaria de dar as boas-vindas a Liberty Media e a Chase Carey à Fórmula 1. Estou ansioso para começar a trabalhar com eles", declarou Ecclestone.
A saída do britânico, que deve acontecer somente em 2019, dá esperanças aos fãs que esperam ver renovação na categoria, principalmente no contato com o público. As dificuldades enfrentadas pela F1 com divulgação na internet e nas redes sociais sempre foram vistas como responsabilidade direta de Ecclestone, resistente à mudanças na categoria.
A venda da F1 para o grupo de mídia norte-americano ainda está sujeito a aprovação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e de entidades reguladoras da Europa.