Arruda

Wescley tem atuação destacada e briga no fim do jogo

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 30/08/2014 às 0:50
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Wescley foi expulso após o apito final / Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Wescley foi expulso após o apito final Foto: Diego Nigro/JC Imagem

A atuação do meia Wescley foi digna de garantir sua titularidade mas logo após o último apito de Arílson Bispo da Anunciação, o jogador pôs tudo a perder. Bateu boca com o volante Luciano Sorriso, trocou empurrões e terminou expulso. Acusou o colega de profissão - e até bem pouco tempo jogador do próprio Santa - de dar-lhe um soco no queixo. Sorriso se defendeu questionando se o agressor foi ele porque só jogador tricolor viu o cartão vermelho? Sérgio Guedes mordeu e assoprou. Questionou a discriminação que canetas, embaixadas e dribles desconcertantes vêm sofrendo mas apontou a imaturidade de seu pupilo.

Convocado para a entrevista coletiva pós-jogo, Wescley foi indagado sobre a confusão logo na primeira pergunta. "Meu futebol é esse, independente de estar ganhando ou perdendo. O que aconteceu foi que ele me deu um soco no queixo e quando o jogo acabou fui tomar satisfação. O juiz viu que eu estava peitando ele e me expulsou. Mas isso não apaga nossa atuação. E eu peço a vocês que não me perguntem mais sobre isso", disse, dando ponto final.

Luciano Sorriso falou ainda no gramado e não deixou de ser irônico ao lembrar que o Santa Cruz saiu perdendo com a ausência de Wescley no próximo jogo. Ele também negou a agressão usando a atitude do árbitro como estratégia de defesa. "Eu agredi ele e ele foi expulso? Não tem lógica. Um empurra de um lado, outro empurra do outro, se protege. Se eu tivesse dado cotovelada nele o juiz teria expulsado os dois", pontou. A reprovação do volante foi para o que ele viu como falta de respeito. "Aquilo foi desnecessário. O jogo está acabando? Toca a bola para a torcida gritar olé, isso é que é bonito. Mas dá chapéu, embaixada e desrespeitar pais de família é palhaçada", argumentou.

O técnico tricolor não viu o tumulto, pois desceu logo para o vestiário. No entanto, atacou justamente o fato que indignou Sorriso sem apontar uma certa falta de maturidade de seu jogador, que poderia ter relevado as atitudes do adversário. "Não entendo isso que acontece principalmente no futebol brasileiro. Agora um drible, uma caneta é provocação. Mas as pessoas vão para um jogo de futebol ver o quê, bico, pontapé, soco?. É um recurso que ele tem. Houve uma provocação técnica (de Wescley) e outra de campo (de Sorriso) que poderia ter sido desconsiderada. Ele iria ganhar uma sequência boa e agora vai dar chance para outro".

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