Espanha

Neymar marca, mas Real Madrid vence Barcelona de virada

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 25/10/2014 às 14:52
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O resultado coloca fogo na competição, uma vez que o Real subiu para a segunda posição e reduziu a vantagem do líder Barcelona para apenas um ponto / Foto: AFP

O resultado coloca fogo na competição, uma vez que o Real subiu para a segunda posição e reduziu a vantagem do líder Barcelona para apenas um ponto Foto: AFP

O esperado clássico deste sábado entre os estrelares Real Madrid e Barcelona mostrou que, pelo menos por enquanto, o time madrilenho está muito mais preparado para fazer estrago no futebol europeu do que o rival. No Santiago Bernabéu, os donos da casa foram melhores durante quase os 90 minutos e conquistou uma merecida vitória por 3 a 1, pela nona rodada do Campeonato Espanhol.

O resultado coloca fogo na competição, uma vez que o Real subiu para a segunda posição e reduziu a vantagem do líder Barcelona para apenas um ponto: 22 a 21. Agora, os madrilenhos voltam as atenções para a Copa do Rei, já que na quarta-feira, pegarão o Cornella fora de casa. Já o Barça pega o Espanyol no Camp Nou pela decisão da Supercopa da Catalunha.

A esperada estreia oficial de Luis Suárez pelo Barcelona foi apagada. O uruguaio deu a assistência para Neymar no primeiro gol, logo aos três minutos, mas sumiu no restante da partida. A bem da verdade, o próprio Neymar e até Messi pouco incomodaram a defesa madrilenha após o bom início catalão.

Do outro lado, Cristiano Ronaldo, Benzema e James Rodríguez foram ganhando confiança ao longo da partida e só não transformaram a vitória em goleada porque perderam muitas chances no contra-ataque. O trio passou como quis pela defesa adversária, que atuou muito mal neste sábado, enquanto os zagueiros madrilenhos pararam os astros catalães.

O JOGO - Neymar precisou de apenas três minutos para abrir o placar. Suárez recebeu pelo lado direito e virou o jogo no peito do brasileiro. Ele passou com extrema facilidade por Carvajal e Pepe e ficou de frente para o gol. Então, com categoria, tocou no canto esquerdo de Casillas, sem chance para o goleiro.

O gol acordou o Real, que foi para cima. Benzema era quem mais levava perigo e teve dois bons momentos na sequência. Aos cinco, recebeu lançamento dentro da área e tentou desviar na saída de Bravo, mas jogou para fora. Já aos 10, Cristiano Ronaldo cruzou da esquerda na cabeça do francês, que tocou de cabeça no travessão. O rebote ficou com ele, que dominou e encheu o pé, mas isolou.

Só então o ritmo alucinante da partida diminuiu. Até então apagado, Messi apareceu também em duas vezes na sequência, a partir dos 21 minutos, quando recebeu pela esquerda e bateu cruzado, parando em Casillas. No minuto seguinte, o confronto se repetiu. Após cruzamento da direita, rasteiro, de Suárez, Messi ficou de frente para o gol, tocou de primeira, mas o goleiro madrilenho se esticou todo e desviou com o pé, fazendo grande defesa.

Quando o Barcelona dominava, o Real empatou, aos 35. Principal válvula de escape da equipe, Marcelo foi novamente acionado pela esquerda e cruzou. Piqué vinha no carrinho e seu braço esticado tocou na bola. O árbitro viu pênalti, que Cristiano Ronaldo bateu para marcar o primeiro gol sofrido pelo Barcelona nesta edição do Espanhol.

Antes do fim do primeiro tempo, Marcelo, novamente pela esquerda cruzou na cabeça de James Rodríguez, que desviou rente à trave. A bola aérea mostrava ser um problema para o Barcelona e foi pelo alto que o Real chegaria ao segundo logo no início do segundo tempo. Kroos bateu escanteio pela direita e Pepe subiu para testar firme no canto.

O gol imediatamente resultou em uma pressão do Barcelona, que foi para cima e teve bons momentos com Neymar e Mathieu, mas em um contra-ataque, o Real chegou ao terceiro aos 16. Após escanteio mal batido por Rakitic, Iniesta errou na lateral direita. Isco aproveitou e tocou para Cristiano Ronaldo, que achou James Rodríguez. Com um toque rápido, esperto, o colombiano acho Benzema, que chegou batendo cruzado na saída de Bravo.

O cenário do jogo estava determinado: o Barcelona era todo ataque e o Real tentava encaixar o contra-ataque. Com esta proposta, o time madrilenho era muito mais perigoso e teve bons momentos com Marcelo e Benzema. Os catalães ficavam o tempo todo com sete, oito jogadores no campo de ataque, mas não conseguiam sequer chutar a gol. Melhor para os donos da casa, que esperaram o apito final para celebrar.

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