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Futebol brasileiro parou no tempo após o penta em 2002, diz Kaká

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 21/12/2014 às 15:05
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Kaká, de 32 anos, afirmou que ainda pode contribuir com a seleção brasileira no período inicial de trabalho do técnico Dunga / Foto: divulgação

Kaká, de 32 anos, afirmou que ainda pode contribuir com a seleção brasileira no período inicial de trabalho do técnico Dunga Foto: divulgação

Ao fazer uma análise acerca do atual momento do futebol brasileiro, o meia Kaká afirmou, em entrevista exibida neste domingo (21), que o Brasil parou no tempo após vencer a Copa do Mundo de 2002. "O futebol brasileiro está parado. Parou no tempo e acho muito em função do comodismo de ser penta campeão, de acharmos que somos melhores realmente", afirmou o meia em entrevista à Rede Globo.

De acordo com o jogador, que deixou o São Paulo no fim da temporada, os técnicos brasileiros precisam de mais intercâmbio com outras culturas, principalmente as sul-americanas, para que o nível do jogo melhore no país. "Os treinadores também poderiam aprender sobre os outros. Na Europa, um time espanhol joga contra times ingleses ou contra os italianos. Os treinadores conversam entre eles e aprendem. Aqui nós não vemos a mesma interação com outros países sul-americanos. O pensamento é: eu ganhei dessa forma com muitos anos e vou continuar dessa forma. Essa mentalidade dos técnicos tem que mudar", afirmou.

Kaká, de 32 anos, afirmou que ainda pode contribuir com a seleção brasileira no período inicial de trabalho do técnico Dunga, que no ano que vem, terá Copa América e o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

"Eu acredito que minha função vai depender daquilo que o Dunga pretende. Eu acredito que sim (que se vê na seleção) no curto prazo. Eu acho que posso dar um ajuda para essa seleção nesse período de curto prazo. No longo ainda veremos", disse à TV. Ele afirmou ainda que a seleção necessita aprender a jogar sem Neymar, principal atleta na atualidade.

O meia ainda analisou o início do Orlando City - time que ele irá defender na liga americana de futebol - e afirmou querer continuar a ser competitivo mesmo com a função de embaixador do clube e da liga no país.

"Quero ser campeão, continuar ganhando, mas de uma forma maior é ajudar no crescimento da liga. Essa liga já começa ter uma amplitude maior e uma amostragem maior, que a liga possa continuar crescendo. Que eu possa ser um dos embaixadores dela, mas também quero ser campeão", concluiu o jogador.

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