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Neymar decide de novo e continua carregando Brasil nas costas

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 26/03/2015 às 20:59
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Neymar igualou a marca de Rivellino e Jairzinho na artilharia da Seleção Brasileira / Foto: AFP

Neymar igualou a marca de Rivellino e Jairzinho na artilharia da Seleção Brasileira Foto: AFP

Sob o comando de Dunga, a seleção brasileira não tem atuações de encher os olhos, mas tem o mérito de vencer, muitas vezes graças ao talento de Neymar, que foi novamente decisivo nesta quinta-feira, na vitória de virada por 3 a 1 sobre a França.

Aos 11 minutos do segundo tempo, o camisa 10 ficou sem ângulo ao receber um passe de Willian, mas mesmo assim conseguiu acertar o chute perfeito, um petardo que fuzilou Mandada, colocando o Brasil em vantagem.

O gol do camisa 10 ajudou a equipe a se soltar em campo, depois de um primeiro tempo tímido.

Em sete jogos disputados na nova era Dunga, Neymar balançou as redes oito vezes e soma agora 43 gols em 61 partidas, igualando, com apenas 23 anos, dois craques do tri de 1970, Rivellino e Jairzinho.

Se continuar neste ritmo, o ex-santista corre até o 'risco' de cometer um crime lesa-majestade, ameaçando o recorde de Pelé, que marcou 77 vezes em 92 partidas com a canarinha.

"Se tornar o novo Rei, o novo Pelé, é impossível, porque meus pais fecharam a fábrica", brincou o tricampeão mundial nesta quinta-feira, na Austrália. "É um excelente jogador, ainda jovem, que vai se tornar uma grande estrela, sem dúvida", completou.

Já faz muito tempo que Neymar é uma grande estrela, e não apenas no Brasil. No Stade de France, a torcida foi ao delírio quando seu nome foi anunciado entre os titulares do amistoso.

- Craque solitário -O craque do Barcelona não chegou a ter uma atuação brilhante, mas foi cirúrgico numa das poucas chances de gol que criou na partida.

O atacante teve uma boa oportunidade aos 20 minutos de jogo, quando chutou de chapa da entrada da área, exigindo uma defesa difícil de Mandanda.

Ele poderia até ter marcado o quarto gol brasileiro aos 33 da etapa final, quando arrancou pelo meio e se atrapalhou na hora de finalizar.

Além do golaço que marcou pouco depois do intervalo, Neymar foi uma ameaça constante para a defesa dos 'Bleus' com sua velocidade e a qualidade no domínio da bola, deixando os adversários para trás logo no primeiro toque.

No novo esquema em 4-4-2 montado por Dunga, sem centroavante fixo, o camisa 10 tinha mais liberdade para buscar o jogo, tanto na esquerda quanto pelo meio, aproveitando a mobilidade de Roberto Firmino, seu parceiro no ataque, que jogou muito bem na sua primeira partida como titular da seleção.

Muitas vezes, o capitão foi buscar o jogo até no campo de defesa, participando na criação das jogadas no lugar de Oscar, que anotou o primeiro gol, mas, fora isso, teve uma atuação apagada.

"Hoje, não tem um jogador que se sobressai muito. Só Neymar", lamentou Dunga recentemente. "O rendimento dele não chega a ser ser surpresa. Os números estão aí para mostrar que, quando o Neymar botou a faixa de capitão, teve um upgrade. Quanto maior a responsabilidade, mais ele vai evoluir", enfatizou o treinador.

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