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CBF diz que Romário quer devassa e alega risco à segurança de cartolas

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 02/09/2015 às 20:14
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Advogados dizem que é uma vingança pessoal de Romário com o presidente da CBF. / Foto: divulgação

Advogados dizem que é uma vingança pessoal de Romário com o presidente da CBF. Foto: divulgação

Em seu pedido ao Supremo Tribunal Federal para não mostrar seus contratos, a CBF alega que não há indicação de fato concreto para que tenha de abrir seus documentos à CPI do Futebol. Segundo os advogados da confederação, os requerimentos feitos pelo senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão, têm a intenção de promover uma devassa na entidade, para exercer vingança pessoal contra o presidente Marco Polo Del Nero.

Nesta terça-feira (1º), o ministro Marco Aurélio Mello aceitou o pedido da CBF e decidiu que ela não precisará mandar seus acordos comerciais para Brasília. "O requerimento da CPI do Futebol não atende às exigências constitucionais e legais de especificação, individualização e determinação do fato a ser investigado. Os enunciados ali descritos não são, definitivamente, nem concretos e tampouco individualizados, a demonstrar a explícita pretensão de devassa", escreveram os advogados da CBF no processo ao STF.

"É explicita a intenção da CPI: promover uma investigação generalizada para exercer vingança pessoal, já que é pública e notória a declarada inimizade do autor com a CBF e seus dirigentes (...) O requerimento da CPI aponta para 'possíveis irregularidades'; não há, porém, indicação de nenhum fato concreto. A pretendida causa determinante, portanto, é vaga, imprecisa e baseada em simples conjectura", continuaram.

A defesa da CBF ainda alega que uma demora em se analisar o pedido para derrubar à quebra de sigilo dos contratos poderia causar riscos. "No que concerne ao perigo da demora, a instauração de devassa para apurar fatos indeterminados relacionados à CBF coloca em risco a segurança de todas as pessoas instituições ligadas ao futebol, além de poder servir para o sensacionalismo e a espetacularização política de fatos que interessam eminentemente ao âmbito privado das pessoas envolvidas", explica.

Esse é o segundo processo aberto no STF relacionado à investigação feita pelo Senado. Na quarta passada (26), o presidente Marco Polo Del Nero recorreu contra a quebra de seus sigilos bancário e telefônico, mas teve o pedido indeferido.

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