William tentou muito mas não conseguiu ajudar o Brasil a trazer um resultado melhor. Foto: AFP
Até que o Brasil teve oportunidade de fazer um pouco melhor, mas o melhor futebol do Chile prevaleceu e os pentacampeões estrearam nas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia com uma derrota por 2x0 no Estádio Nacional, em Santiago. Agora, o time de Dunga tentará a reabilitação em Fortaleza na próxima terça-feira (13) diante da Venezuela. O resultado encerrou uma escrita que durava desde 2002, quando os chilenos venceram os brasileiros pela última vez.
O Brasil não mostrou muito mais do que o torcedor tem visto desde a Copa América: pouca troca de passes no meio de campo e muita dependência de ligações diretas. Talvez seja a única seleção do mundo em que os volantes não chegam sequer perto da área. Tanto Elias quanto Luiz Gustavo funcionam apenas como protetores da zaga e abusam os passes laterais.
Já o Chile, mesmo com os volantes Brasileiros fixos procuravam trocar passes em velocidade. Por isso chegaram com um pouco mais de perigo. As coisas só melhoraram para os pentacampeões quando Hulk deixou de guardar posição e cair mais pelo lado esquerdo. O time ganhou em posse de bola no campo ofensivo e chegou a pressionar os donos da casa, que sobreviveram de um chute de Alexi Sanchez na trave.
A baixa ficou para a zaga. Ao disputar uma bola, David pôs o peso do corpo na perna esquerda e teve que ser substituído por Marquinhos. Ao final da etapa, a melhora brasileira nos 15 minutos finais deixou o time com mais posse de bola: 53,5 x 46,5%.
No segundo tempo o Brasil voltou com todos os jogadores de linha atrás da bola. O intuito era claro em aproveitar os contra-ataques, já que o Chile tinha um jogador a mais no meio de campo desde que Mark Gonzlés entrou no lugar de Silva. E as chances apareceram aos borbotões. Mas para azar da Canarinha todas com Oscar responsável pelo passe final. E ele errou em absolutamente todas.
O Chile tinha mais gente no ataque e foi paciente até encontrar o gol. Achou aos 26 numa falta pela direita. Fernandéz jogou na área e Vargas antecipou-se para desviar. Jefferson ainda tocou na bola mas não o suficiente para evitar o 1x0. No prejuízo, Dunga mudou de centroavante. Entrou Ricardo Oliveira no lugar de Hulk.
Mas o problema não era o ataque e sim o meio. Oscar continuou a errar e prejudicar os contra-ataques. Na reta final Lucas Lima entrou no lugar de Luiz Gustavo e o buraco para contra-ataques mudou de lugar. Na primeira tentativa, aos 44, Alexi Sanchéz fez uma linda jogada com direito a tabela com Vidal e ampliou para 2x0.
Ficha do jogo:
Chile: Claudio Bravo - Gary Medel, Francisco Silva (Mark González, 41), Gonzalo Jara - Mauricio Isla, Marcelo Díaz (Christian Vilches, 82), Arturo Vidal, Jean Beausejour - Alexis Sánchez, Jorge Valdivia (Matías Fernández, 63) e Eduardo Vargas. T: Jorge Sampaoli.
Brasil: Jefferson - Dani Alves, Miranda, David Luiz (Marquinhos, 36), Marcelo - Luiz Gustavo (Lucas Lima, 82), Elías - Oscar, Douglas Costa, Willian - Hulk (Ricardo Oliveira, 77). T: Dunga.
Estádio: Nacional (Santiago). Público: 40.000. Árbitro: Roddy Zambrano. Auxiliares: Christian Lezcano y Byrom Romero (trio equatoriano). Gols: Eduardo Vargas (72), Alexis Sánchez (89). Cartões amarelos: Chile: Marcelo Díaz (57). Brasil: Luiz Gustavo (68).
