Argentina tenta espantar a crise após derrota acachapante para o Brasil. Foto: AFP.
À beira do abismo, a seleção argentina tentará se recuperar da derrota contundente para o Brasil nesta terça-feira, diante da perigosa Colômbia, pela 12ª rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia-2018.
O Chile, que também se encontra em situação delicada, terá outro duelo complicadíssimo, com o vice-líder Uruguai.
Depois de perder por 3 a 0 o clássico de quinta-feira, no Mineirão, o craque argentino Lionel Messi não mediu palavras: "Quando a cabeça não está bem, as pernas não respondem. Temos que pensar positivo para mudar essa situação de merda".
Ver o cinco vezes melhor do mundo abandonar o discurso tímido e contido para falar com tamanha sinceridade é um sinal de que a coisa realmente está feia para os 'Hermanos'.
Os comandados de Edgardo Bauza estão fora da zona de classificação, com 16 pontos, um atrás de Chile e Equador e dois a menos que a Colômbia, que pode até ultrapassar na tabela se derrotá-la em casa nesta terça-feira, em San Juan.
Ou seja: olhando para a tabela, a situação chega a ser tão desesperadora. O que preocupa é o nível de jogo fraquíssimo exibido nas últimas partidas, principalmente contra o Brasil, apesar do retorno de Messi, que não havia disputado as três rodadas anteriores.
"Temos que arriscar e ganhar", afirmou Bauza, ciente de que sua equipe precisa mudar radicalmente de postura.
Paraguai busca oxigênio na altitude
Diante do Uruguai, que, como o Brasil, já está praticamente classificado para o Mundial russo, o Chile se encontra em outra dinâmica.
Chegou a ficar longe da zona de classificação, mas alcançou o quinto lugar, sinônimo de repescagem, depois de recuperar dois pontos 'no tapetão', com a punição da Bolívia por escalar um jogador de forma irregular.
Na última quinta-feira, a 'Roja' segurou um valioso empate sem gols com a Colômbia, em Barranquilla.
Como os 'Hermanos', os atuais bicampeões continentais terão o apoio de sua torcida, em Santiago, e voltam a contar com o atacante Alexis Sánchez, recuperado de lesão.
O Uruguai também deve ter um 'reforço' de peso, o atacante Edinson Cavani, que cumpriu suspensão na vitória por 2 a 1 sobre o Equador.
Seu companheiro de ataque na 'Celeste', Luis Suárez, ainda corre atrás da artilharia histórica das eliminatórias, que divide hoje com o argentino Hernan Crespo, com 19 gols marcados.
Sensação do início das eliminatórias, o Equador ficou sob ameaça dos perseguidores depois da derrota em Montevidéu e precisa vencer Venezuela em casa para se manter na zona de classificação.
Já o Paraguai precisa se recuperar da sonora goleada de 4 a 1 que sofreu em casa diante do Peru, diante de uma Bolívia que amarga a lanterna, mas conta com um 'aliado' de peso, a altitude de 3.600 m de La Paz.
"Pela experiência que tenho de jogar na Bolívia, e desumano joga aqui, mas é o que temos pela frente. Temos que fazer o possível para pontuar", admitiu o atacante paraguaio Nelson Haedo Valdez.