Viúva tatua rosto do jogador Cléber Santana na perna

A viúva do jogador pernambucano Cléber Santana, Rosângela Loureiro, divulgou imagem da tatuagem que fez em homenagem ao marido, um dos jogadores mortos na queda do avião que levava a Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana na última terça-feira (29). Ela tatuou o rosto de Cléber na panturrilha, com a frase "A sua falta vai ser lembrada até o último dia da minha vida". 

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O corpo do jogador foi velado junto com os demais companheiros de clube em cerimônia realizada neste sábado (3), na Arena Condá, em Chapecó. Após o velório coletivo, que contou com a presença discreta do presidente Michel Temer, o corpo seguiu para o Rio de Janeiro e deve ser embarcado para o Recife em voo da TAM às 8h (horário de verão). 



O corpo do jogador pernambucano deverá chegar ao Aeroporto Internacional do Recife às 9h42 (hora local) deste domingo (4). Com a chegada do corpo de Cléber Santana ao Recife, o caixão seguirá, levado pelo Corpo de Bombeiros, até a Ilha do Retiro, onde acontecerá o velório, a partir das 11h. Às 16h, o carro do cemitério Morada da Paz segue para Paulista, onde será realizada, às 18h, uma cerimônia de cremação, reservada apenas para familiares e amigos próximos.

Rosângela Loureiro mora em Chapecó com os dois filhos do casal, de 14 e 11 anos de idade. Natural de Abreu e Lima, no Grande Recife, o jogador tem família na região. A mãe mora em Ouro Preto, Olinda, e ficou sabendo da morte do filho pela televisão. Na hora que ela viu a notícia, desligou o aparelho e não viu o complemento da noticia. A família aguardou a chegada do irmão de Cleber, que mora no Janga, em Paulista, para informar a ela sobre a morte do filho. 

Cléber Santana foi revelado pelo Sport e conquistou o título do Pernambucano de 2003. Ainda passou por clubes como Vitória, Santos, Kashiwa Reysol (Japão), Mallorca (Espanha), Atlético de Madrid (Espanha), São Paulo, Atlético-PR, Avaí, Flamengo, Criciúma e Chapecoense.

No time catarinense desde o ano passado, o meia era considerado uma das grandes lideranças da equipe, que iria para a primeira competição internacional nessa quarta-feira (30), contra o Atlético Nacional, pela Copa Sul-Americana, tanto que era o capitão da Chapecoense.

Além de Cléber, outro pernambucano também morreu na queda do avião da LaMia, o jogador Everton Kempes. Natural de Carpina, na Mata Norte do Estado, Kempes deixou Pernambuco muito novo e foi para o Rio de Janeiro onde fez carreira profissional. Os pais do jogador participaram do velório coletivo em Chapecó neste sábado (3) e devem decidir ainda sobre o enterro do filho junto com a nora e o filho de Kempes.

Chapecoense

O time de Santa Catarina era comandado por Caio Júnior, que já dirigiu o Palmeiras. Os jogadores da equipe eram os goleiros Danilo e Follmann; os laterais Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo; os zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco; os meias Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela. Pela primeira vez em sua história, a Chapecoense disputaria um título de competição internacional. A equipe faz campanha regular na Série A do Campeonato Brasileiro.

Das 77 pessoas que embarcaram no voo, 71 morreram. Alan Ruschel, Neto, Follmann (jogadores), Rafael Henzel (jornalista), Ximena Suárez e Erwin Tumiri (tripulantes) foram os únicos seis sobreviventes.