Jogador foi condenado em primeira instância a 22 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio Foto: divulgação
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"Não posso jogar o meu sonho fora assim. Assim como o Boa teve coragem de enfrentar o mundo para poder ficar comigo, eu peço oportunidade para as pessoas. Eu não vou parar", afirmou Bruno, que chegou a fazer referência a Edmundo, que em 1995 se envolveu em um acidente de carro que provocou duas mortes, mas não deixou o futebol. "Não existe pecadinho ou pecadão", disse.
Evitando comentar o caso do assassinato de Eliza Samudio, Bruno repetiu a tônica de que merece uma chance para seguir a sua vida e adotou um discurso de forte teor religioso. "Você tem que se arrepender das coisas do passado e se tornar uma pessoa melhor. Não é porque você está no fundo do poço que tem que ficar lá. Se tem pessoas estendendo a mão para subir, você tem que subir", comentou.
O jogador foi condenado em primeira instância a 22 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. Acabou libertado recentemente, no fim de fevereiro após cumprir seis anos de pena, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello.
A decisão considerou o fato de o jogador estar preso há quase sete anos sem que o júri que o condenou tenha sido referendado em segunda instância. A situação, no entanto, é provisória, e Bruno pode voltar à prisão.
A repercussão negativa da contratação de Bruno, que estava preso desde 2010, levou o Boa a perder vários patrocinadores nos últimos dias. O time de Varginha disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro, equivalente à segunda divisão estadual, e também participará da Série B do Campeonato Brasileiro.