Documentários

Projeto cria acervo audiovisual sobre participação brasileira nas Olimpíadas

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 25/12/2014 às 16:28
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Projetos selecionados têm suporte para efetuar o trabalho de pesquisa e para ter acesso a imagens de arquivo que pertencem ao Comitê Olímpico Internacional  (COI) / Foto: Reprodução

Projetos selecionados têm suporte para efetuar o trabalho de pesquisa e para ter acesso a imagens de arquivo que pertencem ao Comitê Olímpico Internacional (COI) Foto: Reprodução

Estão abertas até o dia  6 de fevereiro de 2015, na página www.memoriadoesporte.org.br, as inscrições para a  quarta edição do projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, que vai distribuir R$ 2 milhões para a produção de documentários que contribuam para a formação de um acervo audiovisual sobre a participação brasileira nos Jogos Olímpicos.

O concurso público integra o Programa Petrobras, Esporte e Cidadania e vai contemplar oito documentários de 26 minutos, cada um com R$ 230 mil. O objetivo do projeto é preparar e comemorar as Olimpíadas que ocorrerão no Rio de Janeiro, em  2016, por iniciativa Instituto de Políticas Relacionais, patrocínio da Petrobras e apoio da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.

A gerente setorial de Patrocínios Culturais da Petrobras, Taís Reis, disse que a ideia  é divulgar para a população em geral e os jovens, em particular, a participação do Brasil na história das Olimpíadas. “Para isso, fazemos  uma seleção de projetos que falem desse assunto e recuperem essa parte da história esportiva do país”.

Poderão participar do edital produtoras do setor audiovisual  nacionais: “Tem que ser, necessariamente, um projeto de pesquisa sobre algum feito, algum atleta ou evento relacionado à participação do país nas Olimpíadas”, segundo Taís Reis. Os projetos são analisados por uma comissão formada por atletas, jornalistas e diretores de cinema.

Em uma primeira fase, eles são avaliados  sob o ponto de vista de relevância do  roteiro e atendimento às regras do edital. Na segunda etapa, os produtores classificados têm que fazer a defesa oral dos projetos.  Segundo Taís, os projetos selecionados têm suporte para efetuar o trabalho de pesquisa e para ter acesso a imagens de arquivo que pertencem ao Comitê Olímpico Internacional  (COI).

De acordo com a  produtora Paula Barreto, o montante previsto pelo edital  é pouco para fazer um documentário de qualidade, cujo custo,em média,  fica em torno de R$ 1 milhão. Paula disse ter um projeto em desenvolvimento, que conta a história da família Grael “e, por conseguinte, conta a história do iatismo no Brasil”. O projeto envolve pesquisa sobre os antepassados dos irmãos  medalhistas olímpicos Lars  e Torben Grael. “Então, R$ 2 milhões é pouco. O problema no Brasil, hoje, é que todo mundo acha que pode fazer um produto audiovisual de qualidade com iPhone. Desculpa, mas não vai fazer”. Ela admitiu, porém, que o dinheiro disponibilizado pela Petrobras não paga o documentário todo, “mas já vai ajudar. Já é uma iniciativa”.

A última edição do projeto será em 2015. O objetivo é chegar a 50 documentários de média metragem para serem exibidos em televisões ou outros suportes, dizTaís Reis.  Desde sua primeira edição, em 2011, foram produzidos 31 documentários, que contaram com patrocínio da Petrobras, no montante de R$ 9,7 milhões. A divulgação dos vencedores está prevista para abril do ano que vem. São patrocinadores também do projeto o canal ESPN Brasil e a Centrais Elétricas de Pernambuco (Epesa).

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