"Vamos sonhar? Seria bom chegar à final contra o Brasil", se entusiasmou Julio Olarticoechea, técnico da seleção argentina de futebol masculino que disputará os Jogos Olímpicos do Rio.
"Estamos muito ansiosos pela estreia. Já passamos pela primeira etapa, que foi a série de amistosos de preparação. Praticamente nos conhecemos aqui, mas agora vem a prova final, já com uma ideia de jogo definida, com um grupo forte, e esperamos conseguir bons resultados", afirmou Olarticoechea em entrevista coletiva realizada no Engenhão, onde os 'Hermanos' estreiam na quinta-feira, contra Portugal.
Essa partida poderia ter sido um duelo entre os dois maiores craques da atualidade, o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo, mas nenhum dos dois disputará a Olimpíada.
As seleções de futebol masculino têm direito de levar três jogadores acima de 23 anos, mas o Brasil foi o único a aproveitar a oportunidade para convocar sua maior estrela: Neymar, companheiro de clube de Messi no Barcelona.
"A presença de Neymar dá mais brilho a esses Jogos. É uma presença que fortalece o Brasil, sua torcida e chama a atenção dos apaixonados por futebol: por isso queremos fazer a final contra os brasileiros", ressaltou Olarticoechea.
A Argentina teve muito mais problemas para formar sua seleção olímpica, diante da recusa dos clubes a liberar jogadores, em meio à grave crise institucional que abala a Associação Argentina de Futebol (AFA).
Mesmo assim, Olarticoechea se disse confiante para a competição, na qual a 'alviceleste' já conquistou duas medalhas de ouro, em Atenas-2004 e Pequim-2008.
"Somos um país de futebol e toda a Argentina vai acompanhar nossas partidas. Abrir os Jogos Olímpicos é uma experiência maravilhosa, é um privilégio", se emocionou o treinador de 57 anos, que se sagrou campeão mundial com Diego Maradona em 1986, no México.
