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Veja os resultados dos pernambucanos nos Jogos do Rio

Wladmir Paulino
Wladmir Paulino
Publicado em 21/08/2016 às 12:32
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Joanna Maranhão foi atacada nas redes sociais. / Foto: AFP.

Joanna Maranhão foi atacada nas redes sociais. Foto: AFP.

Ao contrário de Londres, quando três representantes do estado trouxeram medalhas, nos Jogos do Rio a colheita de Pernambuco ficou em branco. A maior esperança era a dupla que integra a seleção feminina de vôlei, Dani Lins (levantadora) e Jaqueline (ponteira), mas uma surpreendente derrota para a China logo nas quartas de final acabou com o sonho do tricampeonato olímpico das comandadas de José Roberto Guimarães.

A segunda esperança era que Samira Rocha, do time feminino de handebol, chegasse longe, numa equipe alçada para o patamar das mais respeitadas do mundo na atualidade. Mas o time foi eliminado logo nas quartas de final para a Holanda por 32x23 e ficou fora da disputa por medalhas. No rugby de sete, que tinha Amanda Araújo e Cláudia Teles, não havia esperança de ir muito longe e as brasileiras foram eliminadas na primeira fase com apenas uma vitória: 26x10 sobre o Japão.

Assim, quem chegou mais perto de subir ao pódio foi a goleira Bárbara. Heroína na decisão por pênaltis com a Austrália que levou o Brasil às semifinais, a goleira e suas companheiras não conseguiram furar a retranca sueca. Na decisão do bronze, um time abatido foi derrotado pelo Canadá e ficou com a quarta colocação.

INDIVIDUAL

Nas modalidades individuais, Yane Marques guardava a expectativa de repetir o pódio conquistado quatro anos atrás - foi medalha de bronze. Mas a pernambucana não repetiu o mesmo desempenho desde o início e teve que se contentar com o 23º lugar (1.269 pontos). Felipe Nascimento estava na mesma modalidade na competição masculina e ficou em 31º lugar com 1.295 pontos.

No atletismo quem chegou mais perto do pódio foi Érica Sena, que chegou a estar em quarto lugar mas terminou com a sétima colocação na marcha atlética de 20km com o tempo de 1h29min29s. A outra pernambucana, Cisiane Dutra, veio mais atrás com o tempo de 1h38min35s no 49º lugar.

O outro finalista com as cores do estado foi Wagner Domingos, no lançamento do martelo. Montanha, como é conhecido, alcançou a marca de 72,28m, suficiente para ficar apenas com o 12º lugar. Apesar de esperar um pouco mais, o pernambucano já faz planos para chegar mais forte nos Jogos de Tóquio, daqui a quatro anos.

Já Keila Costa chegou na quarta olimpíada mas, desta vez, sem conseguir disputar medalha. No salto em distância ela ficou em último lugar (38º). No triplo foi um pouco melhor com 13,78 e o 24º posto, mas ainda insuficiente para ir à final.

QUADRAS

No tênis, Teliana Pereira levou as cores de Pernambuco em quatro competições: individual, dupla feminina e dupla mista. Sozinha, perdeu para a francesa Caroline Garcia na primeira rodada por 2 sets a 0. Na dupla feminina, ao lado de Paula Gonçalves também caiu no primeiro jogo para as espanholas Carla Navarro e Garbiñe Muguruza com o mesmo 2-0. Na dupla mista, quando jogou com Marcelo Melo, teve a chance da revanche com Garcia. E despachou a francesa e seu companheiro, Nicolas Mahut por 2 sets a 0. Nas quartas caiu pelo mesmo marcador para os norte-americanos Jack Sock e Bethanie Mattek-Sands.

Na piscina, Etiene Medeiros era a maior esperança não só de Pernambuco, mas da natação feminina brasileira em conseguir pódio. Ele chegou a ficar ameaçada de não disputar a Olimpíada porque foi pega no exame antidoping em maio com a substância Fenoterol. Absolvida no fim de junho, foi ao Rio disputar os 50 e 100m livre e 100m costas, além do revezamento 4x100m livre.

O melhor resultado foi a final nos 50m livre, quando terminou em oitavo lugar. No revezamento e 100m costas ficou nas preliminares. Nos 100m livre parou na semifinal.

JOANNA

Já Joanna Maranhão é um caso à parte. Não pela competição. Ela nadou bem, dentro de seus limites. Aos 29 anos, fez os 400m medley em 4min38s88, mais de um segundo abaixo do que fizera em sua primeira Olimpíada, em Atenas 2004, quando terminou em quinto lugar. Nos 200m medley ficou fora da semifinal por apenas cinco centésimos. Na terceira prova, os 200m borboleta, também ficou nas preliminares.

O problema foram as agressões virtuais que a pernambucana sofreu. Muitos internautas aproveitaram o fato de ela não ter chegado às finais para postar diversas mensagens agressivas nas redes sociais da nadadora. Questionada, ela avisou que vai à Justiça para que os culpados sejam punidos. A polêmica rendeu até um resgate de posts antigos de Joanna no Twitter com conteúdo transfóbico e racista. Ela se desculpou.

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