As autoridades negavam veementemente o esquema de doping praticado por atletas russos Foto: AFP
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Relatório McLaren
Segundo um estudo solicitado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e liderado pelo advogado canadense Richard McLaren, mais de mil atletas russo se beneficiaram de um esquema de doping tanto nas Olimpíadas de Inverno disputadas em Sóchi, na Rússia, em 2015, como em campeonatos mundiais e outras competições internacionais.
"Uma conspiração internacional foi implementada, com a participação do Ministério do Esporte e dos Serviços, da Agência Russa Antidoping, do laboratório de doping de Moscou e da agência secreta FSB para manipular as amostras", acusou o relatório de McLaren.
Apesar de envolver 30 modalidades esportivas diferentes, a maior parte dos casos atingiu o atletismo. Por causa disso, mudanças foram realizadas na Federação Internacional de Atletismo (IAAF). McLaren acusou os antigos diretores da entidade de acobertar os casos.
Por causa das revelações do relatório, divulgado em duas partes, a Rússia foi parcialmente banida das Olimpíadas do Rio de Janeiro - com cada federação esportiva decidindo se liberava ou não os atletas do país. Além disso, toda a delegação paralímpica russa foi impedida de competir no Rio.