Estados Unidos

Djokovic sofre para vencer 'freguês' Monfils, mas vai à final do US Open

Thiago Silva
Thiago Silva
Publicado em 09/09/2016 às 20:36
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Sérvio é o número um do mundo / Foto: AFP

Sérvio é o número um do mundo Foto: AFP

Não foi com a facilidade esperada, mas o sérvio Novak Djokovic está em mais uma final do US Open. Com retrospecto perfeito sobre o francês Gael Monfils, o número 1 do mundo venceu, confirmando o favoritismo, porém preocupou os fãs por causa das oscilações e das dores no ombro. Djokovic bateu o "freguês" pela 13ª vez consecutiva pelo placar de 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/2, 3/6 e 6/2, em 2h32min de confronto.

No domingo, o tenista da Sérvia disputará sua sétima final do US Open (a 21ª decisão de Grand Slam da carreira) contra o vencedor do duelo entre o suíço Stan Wawrinka e o japonês Kei Nishikori. Eles disputam a outra semifinal da chave masculina ainda na noite desta sexta-feira. 

Exibindo retrospecto invicto contra Monfils, Djokovic fez o que se esperava dele no set inicial. Emplacou duas quebras de saque em sequência e abriu 5/0, sem dar qualquer chance a Monfils. O francês, contudo, devolveu uma das quebras e evitou um vexame maior no início da semifinal.

O "respiro" de Monfils no fim da primeira parcial deu esperanças ao público presente na Arthur Ashe Stadium de ver um duelo mais equilibrado. Mas não foi o que aconteceu no segundo set. Djokovic foi ainda melhor, cravando mais duas quebras. E, desta vez, sem sequer ter o serviço ameaçado.

O triunfo arrasador parecia uma questão de tempo, principalmente porque o sérvio teve caminho muito mais tranquilo até esta semifinal. Nada menos que três jogos de Djokovic foram finalizados de forma antecipada por causa de desistências de rivais. Em um deles, nem precisou entrar em quadra. 

Do outro lado, porém, Monfils já dava sinais de cansaço. A situação ficou ainda mais complicada quando o líder do ranking abriu 2/0 no começo do terceiro set. E, quando a torcida não esperava mais sinais de resistência, o francês reagiu de forma inesperada. Faturou nada menos que cinco games em sequência, virou o placar no set e diminuiu a vantagem de Djokovic na partida.

Sem esconder a irritação em razão das chances perdidas para fechar o jogo, o sérvio chegou a rasgar a camisa quando se encaminhava a sua cadeira. Djokovic pediu atendimento médico em quadra no começo do quarto set, levantando desconfiança sobre seu preparo físico. Vindo de problemas no punho esquerdo e no cotovelo direito, ele reclamou desta vez de dores nos dois ombros.

As dores de Djokovic e o desgaste físico de Monfils tornaram o quarto set mais equilibrado do que se esperava. O sérvio começou quebrando, mas o francês logo devolveu. Mas as dificuldades de movimentação pela quadra logo fizeram Monfils sucumbir na parcial. O favorito obteve outras duas quebras e, enfim, sacramentou o triunfo.

Ao fim da partida, os números mostravam certo equilíbrio no confronto, apesar do domínio do sérvio. Djokovic acertou apenas um ace em toda a partida, contra 11 do rival. No aproveitamento com o primeiro serviço, o sérvio teve ligeira vantagem: venceu 68% dos pontos, contra 62% de Monfils. Djokovic registrou menos bolas vencedoras (26 a 36), mas também cometeu menos falhas: foram 27 erros não forçados, contra 52 do adversário francês.

No domingo, o número 1 do mundo vai em busca do 13º título de Grand Slam da carreira. No momento, está empatado Roy Emerson - ambos têm 12 troféus. Djokovic está atrás de Rafael Nadal e Pete Sampras, com 14 títulos, e Roger Federer, recordista de troféus deste nível, com 17 taças. No total, o sérvio tenta conquistar o 67º título da carreira, sendo o oitavo na temporada.

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